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As 7 Doenças Que Mais Aposentam no INSS: Um Guia Detalhado sobre Incapacidade Laboral

 

No Brasil, a aposentadoria por invalidez, tecnicamente chamada de benefício por incapacidade permanente, é um amparo fundamental para trabalhadores que, devido a problemas de saúde, tornam-se incapazes de exercer suas atividades laborais e de serem reabilitados para outras funções. A concessão desse benefício pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) depende de uma rigorosa perícia médica que comprove a incapacidade total e permanente para o trabalho.

 

Com base em dados históricos, análises previdenciárias e na experiência prática, é possível identificar um conjunto de doenças que frequentemente resultam na concessão desse benefício. É crucial entender que não é apenas o diagnóstico da doença em si, mas o grau de incapacidade que ela gera para a função específica do trabalhador que determina a concessão do benefício.

 

Apresentamos as 7 condições de saúde que mais frequentemente levam à aposentadoria por invalidez no INSS:

 

1. Doenças Psiquiátricas:

Os transtornos mentais e comportamentais são uma das principais causas de afastamento do trabalho e, consequentemente, de aposentadoria por invalidez. Condições como depressão grave e refratária a tratamentos, transtornos de ansiedade severos (incluindo síndrome do pânico e transtorno de ansiedade generalizada com crises incapacitantes), transtorno bipolar e esquizofrenia podem comprometer significativamente a capacidade cognitiva, emocional e social do indivíduo. A dificuldade de concentração, a perda de interesse, a fadiga extrema, as crises de pânico e os delírios impedem a manutenção da rotina de trabalho, exigindo um afastamento permanente. O estigma e a complexidade do tratamento dessas condições contribuem para a alta taxa de incapacidade.

 

2. Problemas Ortopédicos/Doenças Osteomusculares Degenerativas:

Esta é uma das categorias mais amplas e prevalentes. Inclui condições como hérnia de disco severa (cervical ou lombar) com compressão nervosa e dor crônica, artrose avançada em articulações de carga (joelhos, quadris, coluna) com grande limitação de movimento, espondiloartroses deformantes e graves lesões por esforços repetitivos (LER/DORT) em estágio crônico. A dor intensa e constante, a rigidez articular, a perda de força e a restrição de movimentos impedem o desempenho de tarefas que exigem esforço físico, posturas prolongadas ou movimentos repetitivos, tornando a pessoa incapaz para diversas profissões.

 

3. Neoplasias (Câncer):

Embora nem todos os tipos de câncer levem à aposentadoria por invalidez, as neoplasias malignas em estágios avançados, com metástases generalizadas, ou aquelas que demandam tratamentos agressivos e prolongados (quimioterapia, radioterapia, imunoterapia) com efeitos colaterais debilitantes são frequentemente causas de incapacidade permanente. A fadiga extrema, a perda de peso acentuada, as dores crônicas, as infecções oportunistas e o comprometimento de órgãos vitais durante ou após o tratamento impossibilitam o retorno à atividade laboral.

 

4. Cardiopatias (Doenças do Coração):

As doenças cardiovasculares, quando em estágio grave, podem gerar incapacidade total. Destacam-se a insuficiência cardíaca congestiva severa (ICC), cardiopatia isquêmica avançada com angina instável ou múltiplos infartos com sequelas graves, arritmias cardíacas refratárias ao tratamento e hipertensão arterial pulmonar grave. A limitação da capacidade física, a falta de ar (dispneia) aos mínimos esforços, a fadiga intensa e o risco de eventos cardiovasculares agudos inviabilizam o desempenho de qualquer atividade profissional que exija esforço físico ou mesmo mental sob pressão.

 

5. Acidente Vascular Cerebral (AVC) e Suas Sequelas:

Um AVC, dependendo da extensão e da área do cérebro afetada, pode deixar sequelas neurológicas permanentes e altamente incapacitantes. As principais incluem hemiplegia ou hemiparesia (paralisia ou fraqueza de um lado do corpo), afasia (dificuldade de comunicação), disfagia (dificuldade para engolir), perda de coordenação motora, alterações cognitivas (memória, atenção, raciocínio) e alterações visuais. Essas sequelas frequentemente inviabilizam completamente o retorno ao trabalho, exigindo cuidados contínuos e adaptações significativas na vida diária.

 

6. Problemas Reumatológicos (Doenças Autoimunes Inflamatórias):

As doenças reumatológicas autoimunes, quando em estágio avançado e sem controle adequado, são causas importantes de incapacidade. Exemplos incluem artrite reumatoide severa e deformante, espondilite anquilosante avançada, lúpus eritematoso sistêmico com acometimento de múltiplos órgãos e esclerose sistêmica (esclerodermia) com comprometimento pulmonar ou renal. A dor crônica e incapacitante, a inflamação persistente nas articulações, a perda de função de órgãos internos e a fadiga debilitante restringem severamente a capacidade de realizar atividades diárias e profissionais.

 

7. Fibromialgia:

Embora seja uma doença de difícil diagnóstico e com sintomas flutuantes, a fibromialgia, em suas formas mais graves e refratárias aos tratamentos convencionais, pode ser altamente incapacitante. Caracterizada por dor crônica generalizada, fadiga intensa, distúrbios do sono, problemas de memória e concentração ("fibro fog") e sensibilidade aumentada a estímulos, a fibromialgia pode impedir o paciente de manter uma rotina de trabalho regular. A intensidade da dor e a fadiga podem ser tão severas que a realização de tarefas simples do dia a dia se torna um desafio. O reconhecimento da fibromialgia como causa de aposentadoria tem crescido, mas exige laudos médicos detalhados e um histórico de tratamento comprovado.

 

 

Considerações Finais e Orientações:

 

  • Documentação Médica Completa: Para qualquer uma dessas condições, a chave para a concessão do benefício é a apresentação de um dossiê médico completo. Isso inclui laudos, relatórios, exames, receituários e atestados que detalhem a doença, o histórico de tratamento, as sequelas e, principalmente, o impacto na capacidade laboral.
  • Perícia Médica: A avaliação da incapacidade é feita por peritos médicos. É fundamental ser claro e honesto sobre suas limitações e dores durante a perícia.
  • Acompanhamento Jurídico: Buscar o auxílio de um advogado especializado em direito previdenciário pode ser fundamental para garantir seus direitos.

Entender quais doenças são mais frequentemente associadas à aposentadoria por invalidez pode ajudar os segurados a se prepararem adequadamente e a buscarem o suporte necessário para comprovar sua incapacidade e acessar o benefício a que têm direito.